“Nas favelas, no Senado, sujeira pra todo lado. Ninguém respeita a Constituição, mas todos acreditam no futuro da nação. Que país é esse?”
O emblemático refrão da música “Que pais é esse?”, da banda Legião Urbana, tornou-se clássico grito de guerra para a juventude dos anos 80 e (infelizmente) perdura firme e forte até hoje por força do hábito de nossos governantes.
E isso me faz lembrar que mais um capítulo dessa imensa sujeira chamada “política brasileira” está em vias de ser escrito para a emocionante novela chamada “eleição”, com data prevista para outubro do ano que vem, na zona eleitoral mais próxima de você.
Semana passada foi encaminhada para a sanção presidencial projeto de lei originário de nossos excelentíssimos senadores da república, carinhosamente apelidado de “minirreforma eleitoral” (escrito mesmo com o português “mudernu” imposto por mais uma “bemsucidida” reforma de nosso governo Federal).
A proposta, resultante da responsabilidade, do senso cívico e do comprometimento de nossos parlamentares para com a probidade, a moralidade e a transparência de nosso processo eleitoral, com vistas a aprimorar nossas instituições democráticas, respeitar a soberania popular e estimular a cidadania, livrando-nos das práticas criminosas dos pouquíssimos candidatos que as usam por mera inocência, ou mal assessoramento, tem, segundo o seu autor - senador Romero Jucá (PMDB RR) - o propósito de “diminuir os custos das campanhas e garantir mais condições de igualdade na disputa eleitoral entre os candidatos”.
Pois pois…
* Edson Travassos Vidigal é advogado, professor universitário de Direito e Filosofia, músico e escritor. Assina a coluna A CIDADE NÃO PARA, publicada no JORNAL PEQUENO todas as segundas-feiras.
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