domingo, 8 de fevereiro de 2015

MULHERES

Penso agora em como as mulheres são perfeccionistas. As nossas, com a gente, então... ao infinito. Nada passa despercebido pelos 7 sentidos das criaturas mais maravilhosas da face da terra.
“ - Edson, ninguém sabe quem é Washington. Tira isso daí...”, ouvi outro dia de uma esposa a um escritor que citava seu amigo em uma crônica. E foi como se estivesse ouvindo: “ - Edson, você repete muito isso aqui no texto...”, ao que sempre me defendo indefeso: “ - Isso é figura de linguagem, é pra dar ênfase ao texto... faz parte do meu estilo...” (de fato, uma anáfora é algo que não se pode impor a uma mulher).
Na verdade, elas são perfeccionistas mesmo é em relação a si. Muitas exigem tanto de si que acabam desistindo. Outras exigem tanto de si que acabam fazendo com que você desista delas. Deus escreve certo por linhas tortas. E que maravilhosas são as linhas tortas das mulheres!
Como constantemente eu digo, as mulheres são a prova viva de que Deus existe. E mais, cada uma delas é um universo inteiro e infinito dentro de si mesma. Por isso não cabe aos homens outra reação diante delas senão babar.
Ruim com elas, pior sem elas, diria o outro. A meu ver, longe de um mal necessário, são a própria razão de todo o movimento, de toda a busca, de todo o ser.
Feliz dia das mulheres a todas vocês!
E principalmente àquela que está sempre do meu lado, apesar de todos os pesares, na alegria e na tristeza.
VERDADE
Outro dia li um artigo da Ligia Teixeira que me chamou muita atenção. Primeiro pela temática (o feminismo e o machismo), depois, por se tratar de uma mulher atacando o feminismo, sem ser de forma machista. Atitude corajosa, inteligente, madura e digna de admiração de minha parte.
O artigo era réplica a outro artigo onde Ligia havia atacado determinadas “mulheres do poder”, digamos assim. Foi acusada, por ter atacado tais “puderosas”, de ser uma mulher machista. Defendeu-se dizendo que repudiava o feminismo radical, tosco, manipulado que encontramos por aí. E que da mesma forma repudiava o machismo, este que todos conhecem e que não é necessário muita explicação.

E isso me levou a esta reflexão sobre as consequências do feminismo em nossa sociedade, e o papel atual da mulher, principalmente na política.



Gostaria de citar um trecho do texto de Ligia que merece ser reproduzido por sua propriedade, no qual assino embaixo:
“Quem me conhece sabe o quanto combato o que se convencionou chamar de “feminismo”, movimento que na maioria das vezes caminhou para o conflito puro e simples usando as mesmas táticas de depreciação de gênero usadas pelo “machismo”. “Machismo” e “feminismo”, portanto, são faces excludentes de uma mesma moeda. Ambos detestáveis e há por aí dezenas de estudos explicando por que nenhuma das duas formas de pensamento colaborou para a evolução das pessoas. Ao contrário, quando praticadas condenaram homens e mulheres a vastas solidões uns dos outros. É claro que existem feministas importantes para a ascensão das mulheres, mas a maioria é mesmo apenas e tão somente tributária de uma desnecessária tentativa de igualar mulheres à homens para além dos direitos civis.”
Chamo a atenção, a partir do texto de Lígia, sobre duas principais consequências desse embate cego, surdo e mudo em busca de PODER:
1- “condenaram homens e mulheres a vastas solidões uns dos outros” (frase absolutamente linda e perfeita) - Penso eu que o feminismo radical, que vai além da conquista de direitos civis, de fato tem levado à perda de identidade tanto das mulheres quanto dos homens, à desestruturação da família, célula primeira da sociedade, e à fragilização das próprias mulheres, que hoje são usadas mais que os homens pela economia de mercado e seus mestres. O que se vê hoje é um embate de poder onde deveria existir uma troca de amor. Homens e mulheres, penso eu, são absolutamente importantes e necessários, da mesma forma, para a felicidade de todos, sempre trabalhando juntos, em cooperação. Cada um tem suas particularidades e penso que não devam ser negadas, sob risco de se perder o que cada um tem de melhor a oferecer. E isso leva ao segundo ponto:
2- “conflito puro e simples usando as mesmas táticas de depreciação de gênero usadas pelo “machismo”” - o feminismo radical levou muitas mulheres, nessa legítima luta por se libertar da opressão, a se transformarem em homens, no que eles têm de pior. Transformaram-se de vítimas em opressoras. Ao invés de conquistar os homens por suas qualidades, levando-os à evolução, acabaram por se entregarem aos métodos machistas de dominação, depreciando-se, acabando por se tornar o que desprezavam.
Por isso deixo um apelo às mulheres de nossa política, que tanto lutaram para estarem onde estão hoje:
Lembrem-se que são mulheres. São superiores a essa gente covarde e medrosa, que tanto vos oprimiu. Não se deixem levar pelo medo que as escravizou durante tanto tempo. Não se rebaixem às formas de dominação que as fizeram sofrer. Não percam sua feminilidade, e tudo o que ela representa para o bem de nossa humanidade. Não se transformem em Homens. O mundo precisa de Mulheres de verdade, que tragam o belo para essa podridão machista na qual milênios de medos e covardias nos enfiou.
Sejam maiores. Há que se endurecer sem perder a ternura, como diria o outro. Lembrem-se: Deus fez primeiro o homem como rascunho, para então fazer a mulher, sua obra prima perfeita.
* Edson José Travassos Vidigal foi candidato a deputado estadual nestas eleições pelo PTC, número 36222. É advogado membro da Comissão de Assuntos Legislativos da OAB-DF, professor universitário de Direito e Filosofia, músico e escritor. Especialista em Direito Eleitoral e Filosofia Política, foi servidor concursado do TSE por 19 anos. Assina a coluna A CIDADE NÃO PARA, publicada no JORNAL PEQUENO todas as segundas-feiras.
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