domingo, 22 de junho de 2014

Ei, povo brasileiro!



Por Edson Vidigal *

“Ei, povo brasileiro! Não ponha suas crianças nas ruas para mendigar. Pois a saída de nossos problemas é a educação. Se você não teve sua chance, dê a seus filhos então…”

Concordo com os versos da música “Povo brasileiro”, da banda Natiruts. Penso que a única solução para os problemas que enfrentamos é a educação de nossas crianças. O real investimento que podemos fazer para o nosso futuro. 

As crianças de hoje, se bem cuidadas, preparadas, educadas, serão os bons pais de amanhã, os cidadãos conscientes e preparados do futuro, os políticos sérios das eleições vindouras. 

Por outro lado, se deixadas à sua própria sorte, serão os pedintes nas ruas, os bandidos nos presídios, os malandros nos bares e ruas, os nojentos “puderosos de plantão” de nossa política.

É triste ver “meninos nos sinais, mendigos pelos cantos, e o espanto nos olhos de quem vê o grande monstro a se criar”, como diria Hebert Viana (exemplo de perseverança, força de vontade e amor à vida e à arte).

Não é de asfalto e cimento que nossa sociedade precisa. É de educação de qualidade. De professores preparados, comprometidos e respeitados. De escolas que propiciem uma experiência saudável e prazerosa para as crianças, para que possam atrai-las para o aprendizado, afastando-as das drogas, da marginalidade, da malandragem, do caminho mais fácil que leva à perda da própria dignidade, que leva até mesmo à morte.

Precisamos abrir os olhos, deixar de sermos imediatistas, iludidos, enganados. Ingênuos que pensam que existem soluções miraculosas que resolvem da noite pro dia problemas crônicos que nos assolam há séculos.

Só resolveremos nossos problemas pensando não em nós, mas em nossos filhos, em nossos netos. O nosso tempo já está passando. Já estamos pagando por nossos erros, pelos erros dos que vieram antes de nós.

O que podemos fazer agora é impedir que nossos filhos paguem por nossos erros. Impedir que eles continuem pagando por erros de outros, em uma história que, se deixarmos, se repetirá ao infinito. 

Precisamos abrir mão de nossas mesquinharias, de nossos falsos deuses, de nossas vaidades e de nossa visão interesseira e de nossa tendência de apenas querer obter vantagens pessoais imediatas.

Nossas crianças são o futuro, a única coisa de real valor que realmente temos. Precisamos investir nelas, para o bem do futuro de todos.

No futuro, estaremos velhos, e estaremos todos, sem exceção, nas mãos das crianças de agora. Se esse futuro será bom ou ruim, só depende das decisões acertadas ou erradas que tomarmos agora. 

Só depende de nós.

Pois pois.

“AS CRIANÇAS SÃO O FUTURO, MAS O PRESENTE DEPENDE MUITO DE VOCÊ…” (Alexandre Carlo - vocalista da banda de reggae “Natiruts”)

INDIGNAÇÃO

- Falando em POVO brasileiro, lembro-me que, desde a semana passada, estão acontecendo as famosas convenções partidárias, onde, na teoria, os militantes de cada partido se reuniriam e, democraticamente, discutiriam ideias, propostas, e elaborariam plataformas políticas a serem apresentadas à população, juntamente com os seus candidatos, que, também, seriam escolhidos democraticamente pelos filiados. Por aquela parcela do POVO que aderiu à ideologia e ao programa de cada um desses partidos.

- O problema é que, na prática, o que vemos são eventos artificiais, onde os “puderosos de plantão” simplesmente oficializam os candidatos que foram previamente escolhidos a dedo por tais “caciques”, tendo por critério nada mais que os interesses pessoais desses “cartolas” de nossa política.

- Existem exceções, mas a regra é que os candidatos escolhidos, as coligações acertadas e todos os demais “arranjos” com vistas às eleições passam longe do interesse do POVO, que é expurgado desse processo de escolha (conveniente apenas aos interesses pessoais dos caciques de cada partido).

- Na visão destas criaturas, o POVO é apenas uma massa disforme, ignorante e mansa, obrigada a legitimar os candidatos que lhes forem apresentados, sejam eles quais forem. Ou seja, a democracia, o famoso “poder do povo”, passa longe de todo esse processo. Não me admira a completa apatia demonstrada pela população em relação a este importante momento, que impactará nos próximos 4 anos de nossas vidas. Ainda mais com uma “oportuna” copa do mundo acontecendo ao mesmo tempo…

- A célebre frase de Justo Veríssimo bem traduz o sentimento de nossos “puderosos de plantão”: “Eu quero é que o povo se exploda”!

*Edson Travassos Vidigal é advogado membro da Comissão de Assuntos Legislativos da OAB-DF, professor universitário de Direito e Filosofia, músico e escritor. Especialista em Direito Eleitoral e Filosofia Política, foi servidor concursado do TSE por 19 anos. Assina a coluna A CIDADE NÃO PARA, publicada no JORNAL PEQUENO todas as segundas-feiras.

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sexta-feira, 20 de junho de 2014

PELA INSTITUCIONALIZAÇÃO DO OSTRACISMO EM NOSSA LEGISLAÇÃO

Por Edson Vidigal *

Na democracia original, nascida e vivida na Atenas do século V antes de Cristo, existia um instituto chamado de "OSTRACISMO", com a função de proteger a democracia contra a possibilidade de acúmulo de poder de algum ou alguns cidadãos. 

Isso se dava justamente para evitar os consequentes abusos de poder, que invariavelmente acabam levando ao enfraquecimento da democracia e, por fim, ao totalitarismo, às ditaduras, sejam oficiais, sejam veladas.

O OSTRACISMO era a imposição dada a algum cidadão de Atenas de ser banido da pólis por um período de 10 anos. Tal coação era imposta pela Assembléia àqueles que fossem considerados um perigo para a democracia por terem se tornado muito poderosos, muito influentes na pólis.

Qualquer cidadão poderia denunciar à Assembléia algum outro cidadão que se encontrasse nesta situação, e tal "denúncia" iria ser posta em votação. Os cidadãos, na Ágora, manifestavam seus votos no sentido de impor o OSTRACISMO àquele cidadão que por ventura fosse considerado detentor de muita influência sobre os demais, depositando em uma urna uma ostra. 

Caso houvesse um número mínimo especificado de ostras depositadas, aquele cidadão denunciado era condenado ao OSTRACISMO, e era banido por 10 anos de Atenas. Daí o nome OSTRACISMO.

Como se pode perceber, no início da democracia, aqueles gregos já percebiam o perigo do acúmulo de poder, da falta de rotatividade no poder, da falta de respiração do poder político. Naquele tempo eles já tinham um remédio muito eficaz para se impedir a aglutinação e cristalização de poder na mão de um ou de uns. 

De lá pra cá, muita coisa se perdeu, e nossa atual democracia se transformou em uma imensa demagogia, sendo apenas um belo fantasma a serviço de "puderosos de plantão" que acumulam poder a cada dia que passa, e morrem grudados às tetas de nossa Administração Pública, abusando de nossa boa vontade e do poder político de nosso Estado, que de nós emana, e, pelo menos na teoria, é nosso.

Seria de grande valia para nossa democracia ressuscitar o OSTRACISMO, implementando-o como mais um remédio constitucional para a salvaguarda de nossas instituições democráticas. Claro que não seria razoável o banimento de nosso país de tais criaturas, mas o banimento de nossos cargos e funções políticas por uma década, período suficiente para ajudar a desagregar o nocivo acúmulo de poder.

*Edson Travassos Vidigal é advogado membro da Comissão de Assuntos Legislativos da OAB-DF, professor universitário de Direito e Filosofia, músico e escritor. Especialista em Direito Eleitoral e Filosofia Política, foi servidor concursado do TSE por 19 anos. Assina a coluna A CIDADE NÃO PARA, publicada no JORNAL PEQUENO todas as segundas-feiras.

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quinta-feira, 19 de junho de 2014

PORQUE EU DEFENDO A INSTITUCIONALIZAÇÃO DO "RECALL" EM NOSSO ORDENAMENTO JURÍDICO


Por Edson Vidigal *

"Recall" é o poder do cidadão de revogar o mandato de qualquer representante político. É chamar de volta para “reavaliação” popular, não só os mandatários reconhecidamente corruptos, mas os incompetentes e os inoperantes. 

Colhendo-se um número de assinaturas determinado pela Constituição ou pela lei, convoca-se um "recall", através do qual o eleitorado decide se um mandatário deve ou não ter o seu mandato anulado.

Adotado inclusive nos Estados Unidos da América, o "recall" possibilita que os eleitores revoguem, por meio do voto, um mandato político representativo. 

O "recall" funciona como uma espécie de avaliação do mandato político. Não é uma nova eleição. É a reprovação do exercício de um atual mandato político. 

Caso seja inserido no ordenamento jurídico brasileiro, o "recall" poderá dar ao eleitor a oportunidade de dizer “não”, mais cedo, aos políticos que se desviarem da plataforma apresentada durante a campanha eleitoral. 

O "recall" é um promissor instrumento contra os maus políticos e a favor da democracia participativa. Através do "recall" podemos fortalecer o controle social dos mandatos e cassar o político que não vêm cumprindo com suas obrigações antes que estes cheguem ao final do mandato.

Com a inclusão do "recall" em nosso ordenamento jurídico, os políticos serão forçados a pensar duas vezes antes de cometerem improbidades administrativas ou descumprirem com suas promessas de campanha.


*Edson Travassos Vidigal é advogado membro da Comissão de Assuntos Legislativos da OAB-DF, professor universitário de Direito e Filosofia, músico e escritor. Especialista em Direito Eleitoral e Filosofia Política, foi servidor concursado do TSE por 19 anos. Assina a coluna A CIDADE NÃO PARA, publicada no JORNAL PEQUENO todas as segundas-feiras.

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quarta-feira, 18 de junho de 2014

PORQUE EU DEFENDO O VOTO NULO




Muito me perguntam sobre os efeitos jurídicos do voto nulo. Se, de fato, como muitos pregam por ai, ele é capaz de anular uma eleição, caso 50% do eleitorado vote dessa forma.



Na verdade, a partir de nossa atual legislação, não é possível anular uma eleição votando nulo, infelizmente.



E digo infelizmente porque a questão é apenas a ponta do iceberg de um problema muito mais sério que enfrentamos no Brasil: um sistema eleitoral viciado que se sustenta em um processo de legitimação forçado, onde os cidadãos são obrigados a serem eleitores e a assinarem embaixo de um cheque em branco dado a candidatos impostos pelo poder político e pelo poder econômico. Candidatos que nos são empurrados goela abaixo, que somos forçados a engolir, a despeito de não corresponderem a nossos anseios.

Nossa democracia tem sido na verdade uma grande demagogia amparada em um sistema eleitoral que não corresponde aos princípios constitucionais de nosso Estado Democrático de Direito, mas apenas atendem aos interesses dos "puderosos de plantão", que sempre legislam em causa própria.

De fato, nossa legislação eleitoral é incoerente com todos os fundamentos de nosso Estado, prescritos no artigo primeiro de nossa Constituição, quais sejam: a soberania (popular), a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, e, principalmente, o pluralismo político.

Não há que se falar em SOBERANIA POPULAR quando o poder econômico é quem dita os resultados das eleições, haja vista a possibilidade de doação de campanha por empresas e por pessoas físicas de forma desproporcional. O art. 14 da Constituição diz que o voto tem valor igual para todos. Como pode ter valor igual para todos se um cidadão pode doar infinitamente mais recursos para uma campanha do que milhares de outros cidadãos? 

Ao se fixar um percentual de renda como limite de doação, cria-se automaticamente um discriminador político. Um mecanismo de se institucionalizar o voto censitário de forma velada. Quem tem mais dinheiro, tem mais poder de influenciar os resultados das eleições, ou seja, tem um voto que vale muito mais que os de quem não tem muito dinheiro, ou não tem nenhum. Aliás, os que não têm dinheiro, e são obrigados a votar, acabam se deixando levar pelos favores concedidos por aqueles que muito têm, e que no fim das contas dão as cartas e elegem quem querem eleger. Como pode existir soberania popular desse jeito?

Não há que se falar também em CIDADANIA, quando as decisões politicas passam muito distantes da participação dos cidadãos. Quando a transparência dos atos da Administração Pública se resume a uma bonita lei que não é posta em prática e à exposição dos rendimentos dos servidores públicos, de forma individualizada (o que inclusive ofende direitos fundamentais, como o da privacidade).

Não há que se falar em cidadania, quando são coibidas as formas de manifestação social. Quando são desencorajadas as tentativas de se implementar mecanismos de democracia participativa. Quando não existem garantias de democracia intrapartidária, e os partidos são reduzidos a celeiros de grandes coronéis. 

Não há que se falar em cidadania quando o Estado prefere deixar na ignorância a população, que não sabe nem ao menos o mínimo sobre nossas instituições democráticas, as funções de cada representante eleito, ou a forma pela qual funcionam os nossos sistemas eleitorais. Como pode existir cidadania quando o cidadão é excluído de nossa política, sendo apenas chamado compulsoriamente a votar de 2 em dois anos, para apenas assinar embaixo e legitimar mandatos de pessoas que não representam ninguém além de seus próprios umbigos e dos interesses do poder econômico?

Ainda, não há que se falar em DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA em um país onde os eleitores são utilizados apenas como massa de manobra, onde as eleições são conduzidas pelo poder econômico, onde os eleitores são enganados por meio dos mais diversos artifícios de persuasão. 

A dignidade da pessoa humana se consubstancia na característica de autodeterminação de uma pessoa, que é sempre fim, e nunca meio para nada. As coisas é que são os meios para o fim da autodeterminação de cada pessoa. Ao transformar uma pessoa em meio para algo, se está transformando-a em uma coisa. Está se coisificando esta pessoa. 

E é o que acontece em nosso país: nossa legislação eleitoral coisifica os cidadãos. Transforma-os em coisas, em meios para se garantir uma legitimação artificial de determinados "puderosos de plantão". Somos obrigados a votar. Onde existe auto determinação nisso? Onde existe dignidade nisso? Somos obrigados a eleger um dos candidatos que nos é imposto. Onde existe autodeterminação nisso? No fim das contas, nossa legislação eleitoral tira nossa dignidade humana e nos transforma em coisas a serviço da conquista e manutenção do poder dos "puderosos de plantão" e seus corruptos financiadores.

E mais: como se pode falar em VALORES SOCIAIS DO TRABALHO E DA LIVRE INICIATIVA quando se utiliza programas sociais como moeda de troca para se obter votos nas eleições? Quando os governos, ao invés de incentivarem o trabalho e o empreendedorismo como formas de se alcançar dignidade e crescer como pessoa e como membro da sociedade, prefere criar excluídos políticos, dependentes de assistência social eleitoreira? 

Quando muito se fala de "inclusão social" por meio de "políticas públicas" que mantém cada um dos excluídos cada vez mais fora da sociedade e de seus benefícios? Quando dão às pessoas mais carentes esmolas ao invés de lhes darem capacitação, educação e esclarecimento, únicas ferramentas capazes de os tirarem da marginalização e os inserirem com dignidade na sociedade, únicas ferramentas que os proporcionaria liberdade das mãos de seus senhores de engenho? A verdadeira inclusão necessária é a INCLUSÃO POLÍTICA!

Mais importante de tudo, como se falar em PLURALISMO POLÍTICO em uma legislação eleitoral que privilegia os grandes partidos e os atuais detentores do poder? Que cria óbices os mais variados para toda e qualquer oposição? Que ataca minorias e praticamente impede que apareçam novas propostas, novos nomes, sem que estes se submetam às práticas viciadas de nossa "política politiqueira"?

O pluralismo político se baseia na possibilidade de oferecimento real de oposição ao poder estabelecido, de forma a se assegurar a respiração do poder. Assegurar a rotatividade do poder, que impeça o seu acúmulo e os consequentes abusos, que por fim levam ao totalitarismo, como bem demonstra a história da humanidade. Não vejo como nossa atual legislação eleitoral esteja de acordo com o pluralismo político.

Enfim, percebemos que nosso direito eleitoral não atende aos fundamentos constitucionais que foram legitimados por nossa nação e acatados pelo poder constituinte originário como cerne de nosso Estado. 

O Código Eleitoral que, no entender de nosso STF foi recepcionado por nossa Constituição (algumas partes foram derrogadas, outras recepcionadas como Lei Complementar e outras, ainda, como Lei ordinária - uma verdadeira bagunça…) é de 1965, de plena ditadura. Já passou o seu prazo de validade a muito tempo. E ninguém mexe uma palha para enterrá-lo e apresentar aos cidadãos um novo, que atenda aos preceitos de nossa nova Constituição cidadã. Que atenda aos preceitos de um verdadeiro ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO.

Por isso, seu art. 224, que trata da hipótese de nova eleição no caso de haver nulidade de mais que 50% da votação, desconsidera a possibilidade de se somar a este percentual os votos que foram anulados por vontade do eleitor, como manifestação de desaprovação dos candidatos apresentados ao pleito. 

Os artigos 220, 221, 222, 223 e 224 (transcritos abaixo) tratam apenas das hipóteses de anulação ou nulidade da votação decorrentes de vícios do processo eleitoral, sem, no entanto, considerar vício o fato de que os eleitores não estão satisfeitos com nenhum dos candidatos oferecidos.

Bem, mas se estou dizendo que juridicamente não é possível no presente momento dar eficácia ao voto nulo como manifestação de indignação e recusa a legitimar candidatos que não queremos, por que então o defendo?

Simplesmente porque, apesar de juridicamente o voto nulo como manifestação não gerar eficácia jurídica, politicamente pode gerar muita eficácia POLÍTICA. 

Isso porque, na medida em que os eleitos não obtiverem nas urnas percentuais razoáveis de votação, terão ainda a legitimidade formal (jurídica) para o exercício de seus mandatos, mas não terão a legitimidade material, real, para tal exercício. E por isso pensarão mil vezes antes de exercerem seus mandatos da forma como vêm exercendo. 

Ainda, será impossível tapar o sol com a peneira, a partir de números oficiais de votos anulados como manifestação. A sociedade dará uma mensagem clara de que é preciso colocar em debate nosso sistema eleitoral como um todo, o funcionamento intrapartidário, a forma de participação popular na escolha dos candidatos que serão oferecidos nas eleições, a necessidade da Justiça Eleitoral agir com mais seriedade e responsabilidade frente às ditaduras intrapartidárias e as irregularidades e ilegalidades que ocorrem dentro dos partidos diariamente, aos olhos de todos, menos aos dos que têm por obrigação ver, que é o Ministério Público Eleitoral e a Justiça Eleitoral.

Ou seja, por mais que votar nulo não gere consequências jurídicas em um primeiro momento, gerará uma verdadeira revolução política, a médio prazo, capaz de reverter esse quadro de EXCLUSÃO POLÍTICA ao qual estamos sendo submetidos. 

Votar nulo poderá gerar a oportunidade de dar força aos cidadãos para que imponhamos a nossos representantes que façam uma verdadeira reforma política, coerente com os fundamentos constitucionais de nosso Estado democrático de direito e, principalmente, com nossa SOBERANIA POPULAR.

Por isso, como sempre repito, afirmo que, nestas eleições, irei pesquisar muito bem cada um dos candidatos que me apresentarem, na internet, nos jornais. Vou procurar saber de suas vidas pregressas, do que fizeram enquanto detentores de mandatos eletivos e enquanto cidadãos. Do que não fizeram, do que deixaram de fazer e deveriam ter feito. De quanto enriqueceram desde que entraram na vida pública, e como conseguiram isso.

Se de toda essa pesquisa eu concluir que existem candidatos que valem a pena o meu voto de confiança, votarei nestes. Se não conseguir achar nenhum, VOTAREI NULO, manifestando meu descontentamento com as opções que me foram impostas, e, principalmente, pelo fato de que estou sendo obrigado a votar, E EU NÃO VOU ASSINAR EMBAIXO DE NADA COM UMA FACA ENCOSTADA EM MEU PESCOÇO.

Respeito as opiniões em contrário, mas este é meu posicionamento, e estes são apenas alguns de meus argumentos.

Peço por favor que reflitam com senso crítico sobre todos esses dados e tomem suas próprias conclusões.

Grande beijo a todos.

*Edson Travassos Vidigal é advogado membro da Comissão de Assuntos Legislativos da OAB-DF, professor universitário de Direito e Filosofia, músico e escritor. Especialista em Direito Eleitoral e Filosofia Política, foi servidor concursado do TSE por 19 anos. Assina a coluna A CIDADE NÃO PARA, publicada no JORNAL PEQUENO todas as segundas-feiras.

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Código Eleitoral:

Art. 220. É nula a votação:

I – quando feita perante Mesa não nomeada
pelo Juiz Eleitoral, ou constituída com ofensa
à letra da lei;

II – quando efetuada em folhas de votação
falsas;

III – quando realizada em dia, hora, ou local
diferentes do designado ou encerrada antes
das 17 horas;

IV – quando preterida formalidade essencial
do sigilo dos sufrágios;

V. segunda nota ao Capítulo II – Do Voto Secreto,
localizada antes do art. 103 deste código.

V – quando a Seção Eleitoral tiver sido localizada
com infração do disposto nos §§ 4º e 5º
do art. 135.

Art. 221. É anulável a votação:

I – quando houver extravio de documento
reputado essencial;

II – quando for negado ou sofrer restrição o direito
de fiscalizar, e o fato constar da ata ou de
protesto interposto, por escrito, no momento;

III – quando votar, sem as cautelas do art. 147, § 2º:

a) eleitor excluído por sentença não cumprida
por ocasião da remessa das folhas individuais
de votação à Mesa, desde que haja oportuna
reclamação de partido;

b) eleitor de outra Seção, salvo a hipótese do
art. 145;

c) alguém com falsa identidade em lugar do
eleitor chamado.

Art. 222. É também anulável a votação,
quando viciada de falsidade, fraude, coação,
uso de meios de que trata o art. 237, ou emprego
de processo de propaganda ou captação
de sufrágios vedado por lei.

Art. 223. A nulidade de qualquer ato, não
decretada de ofício pela Junta, só poderá ser
argüida quando de sua prática, não mais podendo
ser alegada, salvo se a argüição se basear
em motivo superveniente ou de ordem
constitucional.

§ 1º Se a nulidade ocorrer em fase na qual
não possa ser alegada no ato, poderá ser argüida
na primeira oportunidade que para tanto
se apresente.

§ 2º Se se basear em motivo superveniente
deverá ser alegada imediatamente, assim que
se tornar conhecida, podendo as razões do
recurso ser aditadas no prazo de 2 (dois) dias.

§ 3º A nulidade de qualquer ato, baseada em
motivo de ordem constitucional, não poderá ser
conhecida em recurso interposto fora do prazo.
Perdido o prazo numa fase própria, só em outra
que se apresentar poderá ser argüida.

Art. 224. Se a nulidade atingir a mais de metade
dos votos do País nas eleições presidenciais,
do Estado nas eleições federais e estaduais ou do
Município nas eleições municipais, julgar-se-ão
prejudicadas as demais votações e o Tribunal
marcará dia para nova eleição dentro do prazo
de 20 (vinte) a 40 (quarenta) dias.

Constituição Federal:

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

domingo, 15 de junho de 2014

QUEM MAIS TEM MAIS QUER…

QUEM MAIS TEM MAIS QUER…


“Governos vem e vão, e nesse vai e vem promessas mil. Farsantes de plantão brincam de arruinar o meu país. E fazem tanto mal. Tem ordem superior. Não quero acreditar que essa gente é feita de cinismo e podridão.Abuso de poder: quem mais tem mais quer, e é sempre assim. Ladrões de ocasião, fazem da ambição o meio e o fim…”

Na década de 80 a banda de rock paulista “Zero” fez sucesso com a música “Quimeras”. No mesmo disco, cantou “Abuso de poder”, denunciando os farsantes de plantão, os cínicos, os demagogos, os hipócritas que abusam de nossa boa vontade e da confiança que depositamos em nossas instituições democráticas. 

“Puderosos de plantão” que abusam do poder político dos cargos e funções que ocupam, que abusam do poder econômico de especuladores financeiros, de agiotas e empresários criminosos que financiam suas promiscuidades, suas podridões e suas buscas desenfreadas pela conquista e manutenção do poder.

E é o que vemos por todos os lados: abusos de poder! 

No Executivo, no Legislativo, no Judiciário. 

Ao invés de cumprirem suas prerrogativas constitucionais, nossos governantes têm dado um péssimo exemplo aos cidadãos, incentivando o desrespeito à lei e à ordem, incitando a discórdia, desestruturando nossas instituições sociais (como a principal delas - a família), e causando, dentre outros males, um perigosíssimo: o descrédito da população diante de nossas instituições democráticas.

É necessário entender que os atuais agentes públicos não se confundem com nossas instituições democráticas. Precisamos separar o joio do trigo. Temos que salvar nossa república democrática das mãos desses “puderosos de plantão”, sedentos de poder, descomprometidos com os valores sociais, eivados de caráter e dignidade. 

Pois pois.

“MIL MANEIRAS DE ENGANAR A CONSCIÊNCIA, E TODAS ELAS SÃO ABUSO DE PODER…” (Guilherme Isnard e Celso Fonseca - integrantes da banda de rock paulista “Zero”)

INDIGNAÇÃO

- Em resposta ao anúncio do lançamento do livro “Nobre deputado”, de autoria do juiz Marlon Reis (autor do projeto de lei da ficha limpa), onde o magistrado denuncia, por meio de uma obra de ficção, as formas corruptas pelas quais os “puderosos de plantão” chegam e se mantêm no poder, o presidente da Câmara, Henrique Alves, sentiu-se ofendido e ameaçou apresentar representação contra o autor no CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

- Surpreso com a manifestação daquele nobre deputado, Marlon Reis afirmou que o Congresso deveria era buscar medidas para debelar a compra de votos, ao invés de tentar intimidar e perseguir quem é contra a corrupção.

- Em minha humilde forma de pensar, não consigo entender como algum cidadão sério e honesto possa se sentir ofendido com a pesquisa científica acerca das falhas de nosso sistema político e a denúncia de tais problemas com vistas à busca de soluções. Alguém pode me explicar o porquê de uma reação tão “forte” de nosso nobre deputado?

- Não muito longe dali, do outro lado da rua, o presidente do STF deixou os demais nobre ministros sem reação, ao chamar um advogado de “anta” em plena sessão pública, expulsando-o do plenário da casa por força de seguranças.

- Dizem que o tal advogado estava bêbado, e que explodiu indignado ao ver suas sucessivas petições serem devidamente “engavetadas” no gabinete daquele nobre presidente, sem poder dar nenhuma satisfação a seu cliente.

- Ainda naquela nobre Praça do três poderes, outros nobres deputados apresentaram projeto de decreto legislativo com intuito de sustar os efeitos da Resolução do TSE que redefiniu o número de representantes dos Legislativos do país. Nossos nobres deputados querem que voltemos aos tempos quando tudo era resolvido nesse país por decreto...

VERDADE

- Nossos nobres governantes estão levando nossas instituições democráticas para o lixo. Não devemos deixar de acreditar na democracia. Precisamos é entender o seu funcionamento. Buscar identificar suas falhas. Levar esclarecimento à população para que assim possamos livrá-la dos nobres “puderosos de plantão”. E o momento é agora. Nas eleições. Nas urnas. Como diria o Pepe Legal: “E nõooon se esqueça disso!”

*Edson Travassos Vidigal é advogado membro da Comissão de Assuntos Legislativos da OAB-DF, professor universitário de Direito e Filosofia, músico e escritor. Especialista em Direito Eleitoral e Filosofia Política, foi servidor concursado do TSE por 19 anos. Assina a coluna A CIDADE NÃO PARA, publicada no JORNAL PEQUENO todas as segundas-feiras.

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terça-feira, 10 de junho de 2014

CONVITE IMPORTANTÍSSIMO AOS MEUS AMIGOS QUERIDOS


Olá a todos os meus amigos - novos, antigos, velhos, alunos, professores, colegas, bonitos, feios, chatos, legais, que me enchem o saco e que deixam eu encher os seus sacos. Os que me aturam e os que nem tanto. Gosto de todos vocês do mesmo jeito (um ou outro eu gosto um pouquinho mais…mas é só um pouquinho mesmo…)

No próximo dia 28.06.14, sábado, às 14:00, no Auditório da Assembléia Legislativa do Maranhão, estarei submetendo o meu nome à Convenção Estadual do meu partido, com vistas a, se acolhido, sair candidato a Deputado Estadual nas eleições de outubro. 

Muito lutei para chegar até este momento, crucial na minha vida e na de minha família, por se consubstanciar na realização de uma missão da qual muito me esquivei durante décadas, por achar, equivocadamente, que poderia me abster de me expor, de me sacrificar e de lutar pelos valores que carrego comigo desde a infância, e que são completamente antagônicos com as práticas que viciam a política de nosso país.

Depois de muito fugir, tentando encontrar um lugar decente pra se viver, longe de bandidos, de hipócritas, de cretinos, de "puderosos de plantão" que nos flagelam diariamente, percebi que este lugar não existe, e só haverá uma chance de existir se cada um de nós lutar por construí-lo.

Desde então, engoli o choro, tapei o nariz e me cerquei de pessoas de bem, que me ajudassem a me equilibrar e me manter íntegro nessa minha missão. Uma missão da qual, infelizmente, não posso fugir.

Pedi exoneração de meu cargo concursado no TSE, pedi exoneração do meu cargo de confiança de Chefe de gabinete do Ministério do Esporte, voltei de mala e cuia para São Luís, e como professor tenho ganhado a vida, preparando-me para essa guerra que serão os próximos 4 meses.

E nesse momento, preciso mais do que nunca de todos vocês, pessoas de bem, amigos que me acompanharam durante minha vida, de um jeito ou de outro, que estiveram presentes em minhas alegrias e em minhas tristezas, e que sabem o motivo pelo qual nunca desisti de lutar para que essa sociedade corrompida que nos cerca não conseguisse mudar quem eu sou.

Vocês, meus amigos, sabem que ainda sou o mesmo sonhador, o mesmo romântico, o mesmo menino inocente que queria e ainda quer mudar o mundo.

Graças a Deus, nunca frequentei as festas no "Grand Monde", e, por mais que seja social democrata, e tenha feito parte da juventude do PSDB, nunca assisti a tudo de cima do muro. 

Estou onde sempre estive. Na luta. Na luta pelo que acredito. Na luta por deixar de legado aos meus filhos a única coisa que posso: o exemplo.

Você sabem que não tenho posses. Que não tenho ambições. Que não me movo por nada além da beleza que existe nessa terra. A beleza impressionante, assustadoramente misteriosa e cativante, que nos faz sentir que existe algo muito maior que nós.

O que tenho são valores pelos quais me movo. Idéias pelas quais luto. E amigos pelos quais eu vivo.

Por isso, nesse momento muito importante de minha vida, gostaria muito de poder contar com a presença de todos vocês, meus verdadeiros amigos, pessoas de bem, que entendem minha luta, que vivem as suas próprias lutas a cada dia que levantam de suas camas, para, juntos, vivermos lado a lado esse ritual de passagem.

Convido a todos, encarecidamente, para que estejam comigo nesse dia, para que, juntos, sejamos MUITOS lutando por uma causa que vale a pena lutar. Lutando por aquilo que nossos pais, antes de nós, lutaram por toda a vida. Lutando por transformar nossa sociedade, sem deixar que ela nos transforme.

Agradeço de antemão, do fundo do coração, a todos.

Aos que puderem comparecer, peço que, por favor, confirmem sua presença por aqui, ou por e-mail, ou por whatsapp, ou por telefone. 

Nos reuniremos às 13:30 no monumental shopping, para de lá, irmos juntos para a convenção. Vocês são muito importantes nesse momento. Acreditem.

Grande beijo a todos. 

Edson Vidigal.

domingo, 1 de junho de 2014

AMANHÃ VAI SER OUTRO DIA…



“Hoje você é quem manda, falou, tá falado, não tem discussão. A minha gente hoje anda falando de lado e olhando pro chão, viu. Você que inventou esse estado e inventou de inventar toda a escuridão. Você que inventou o pecado, esqueceu-se de inventar o perdão”.

Chico Buarque cantou “Apesar de você” durante a ditadura militar, mas não é de hoje que governantes inescrupulosos e destituídos de qualquer virtude se utilizam de artimanhas clássicas de dominação a fim de se perpetuarem no poder. Dentre estas, uma das mais utilizadas no nordeste, por séculos, é o cultivo de problemas “insolucionáveis”: a falta de água, a falta de luz, a precariedade das estradas (que são feitas de forma a sempre precisarem ser refeitas), a manutenção da miséria, da ignorância etc.. 

Toda uma sorte de flagelos que possam deixar a população sempre em estado de necessidade, amedrontada, aflita, indefesa, dependente, para que possam, todas essas infelizes almas, depositar suas últimas esperanças em seus algozes salvadores, com suas roupas luxuosas e seus jantares imponentes, do alto de seus palácios, defendidos por feras, ladeados pelo mar…

Todo esse estado inventado é imprescindível para a manutenção dos “puderosos de plantão” no poder. Por isso nunca saímos do lugar. Porque eles não querem. Porque eles não deixam. Porque impedem todos aqueles que tentem resolver algum problema. Porque usam todos os seus recursos para fomentarem a miséria, a descrença na honestidade, no trabalho sério, nas pessoas de bem.

Porque nos querem assim, sem que possamos pensar. Sem que possamos crescer. Sem que possamos nos libertar. 

Mas não poderão proibir o galo insistir em cantar. Não poderão impedir a água nova brotar…

Pois pois.

APESAR DE VOCÊ, AMANHÃ HÁ DE SER OUTRO DIA” (Chico Buarque de Holanda - cantor e compositor carioca que driblou a ditadura militar com elegância e malandragem)


INDIGNAÇÃO

- São Luís tem sofrido muito este mês por causa das fortes chuvas que insistiram em cair e encontraram décadas de descaso para com a nossa cidade, que cresceu desordenada, sem planejamento, sem respeito a um plano diretor, sem a apropriada infraestrutura de nossas ruas, sem adequados escoamentos para a água, sem a cultura necessária para que a população entendesse a importância de manter limpos nossos espaços públicos, de agir com cordialidade no trânsito... Enfim, décadas de descaso de nossos políticos em relação a nós, ludovicenses, e nossa querida cidade.

- Em meio aos graves problemas decorrentes da chuva e de um histórico de irresponsabilidade de nossos “puderosos de plantão”, o prefeito Edivaldo Holanda Júnior pronunciou-se à população, apresentou os problemas a serem resolvidos, reconheceu que a Prefeitura não dispunha de recursos suficientes para resolvê-los e informou que pediria ajuda ao Governo do Estado e ao Governo Federal para, juntos, atenderem às necessidades da população de São Luís, sobretudo da população mais carente, que mais sofre com a situação.

- Faz mais de uma semana que a prefeitura de São Luís decretou estado de emergência e até hoje a governadora não se pronunciou se receberá o prefeito de São Luís em audiência para tratar das parcerias institucionais para se tentar resolver os problemas emergenciais da cidade. 

- Enquanto a população sofre, ao invés de buscar ajudar de alguma forma a resolver os problemas apresentados, o Governo preferiu se aproveitar da desgraça da população, investindo recursos públicos em campanha publicitária que ironiza a Administração Municipal. Recursos estes que poderiam estar protegendo da fome e do frio dezenas de desabrigados, ou mesmo impedindo que outros sofram a mesma sina.

- Enquanto o governo do Estado se diverte com a situação, pensando apenas nos dividendos eleitorais, a população continua aguardando a boa vontade da governadora, que faz parecer que é favor receber o prefeito e buscar juntos soluções para os problemas que se apresentam aos maranhenses de São Luís, que a esta altura, já acreditam que não são representados pelo Governo do Estado.

VERDADE

- Infelizmente, a maioria dos políticos de nosso Estado está acostumada a fingir que não existem problemas. Escondê-los embaixo do tapete para, em momento oportuno, usá-los segundo a sua conveniência como artifício de manutenção de poder. Poucos são os que têm coragem para ser diferentes, pensando, antes, nas necessidades da população. 

*Edson Travassos Vidigal é advogado membro da Comissão de Assuntos Legislativos da OAB-DF, professor universitário de Direito e Filosofia, músico e escritor. Especialista em Direito Eleitoral e Filosofia Política, foi servidor concursado do TSE por 19 anos. Assina a coluna A CIDADE NÃO PARA, publicada no JORNAL PEQUENO todas as segundas-feiras.

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