quarta-feira, 30 de julho de 2014

TOM CRUISE E A DEMOCRACIA


Tom Cruise no filme "Questão de honra", de 1992




A democracia é uma ferramenta que funciona baseada em um sistema de freios e contrapesos (check and balances). Uma sociedade pluralista que aceita a diversidade e estimula a diferença. 

E para quê isso? 

Para que sempre exista a oposição. 

A oposição de idéias, de pensamentos, de objetivos, de sonhos. Tudo isso baseado na dignidade da pessoa humana, que em palavras reduzidas, significa a capacidade e o direito da pessoa humana (que não é coisa, e por isso nunca é meio, mas sempre fim) de se autodeterminar. 

E essa oposição é necessária para que se impeça que o poder se cristalize nas mãos de um ou de alguns. Pois a tendência do acúmulo de poder é sempre o seu abuso.
Daí a necessidade do jogo da democracia, onde é necessário se aceitar jogadores desleais, sem escrúpulos, mal intencionados, além daqueles que se gostaria de ver. Isso porque aqueles primeiros também são capazes de oferecer oposição, mesmo a outros mal intencionados, seus pares.

E daí é necessário ter também jogadores bem intencionados. 

Porém a força dos bons sempre é menor, pois é mais fácil fazer o mal, sem seguir regras, do que fazer o bem, dentro dos estreitos limites do valor, do que é certo.

Cabe aos poucos e fracos jogadores bem intencionados estarem no jogo sempre, unindo forças, procurando canalizar as forças adversárias para o caminho do bem, ou pelo menos tentando canalizar tais forças para impedir a cristalização do poder.

Em uma luta com dois lutadores, se um cair, a luta acabou. Com três, há tempo para o primeiro que cair levantar e voltar a ela antes que o segundo caia. Com muitos, existe o eterno conflito, que garantirá que nunca alguém se sobressaia por muito tempo.

Essa é nossa maior garantia. Daí se fundamenta a ferramenta chamada democracia, que se utiliza de ferramentas outras que são sua manifestação. Ferramentas várias de onde costumo ressaltar o pluralismo constitucional (a tripartição dos poderes, que na realidade não são poderes, mas funções apenas), o pluralismo político (que garante a pluralidade de ideologias, ideias politicas etc) e o pluralismo partidário (ou pluripartidarismo, que garanta a existência de pelo menos dois partidos sendo que um possa de fato oferecer oposição ao outro).

E toda essa coisa chata e teórica é necessário para que entendamos que é importante que pessoas boas entrem nesse jogo. 

E é importante que as pessoas acreditem nele. Pois por pior que possa parecer, ainda não existe nada melhor que possamos utilizar.

Eu já fui muito descrente da democracia e de toda essa politicagem. E demorei quase 30 anos pra perceber muitas coisas, dentre as quais as que estou te dizendo agora.
Entrei cedo para o judiciário, e rapidamente já estava vendo toda a pilantragem que lá existe. Sempre quis ser advogado, desde criança, para tentar fazer justiça. Vi um filme chamado "Questão de honra", onde o Tom Cruise era um advogado lutando contra os abusos de poder do sistema, e nunca mais fui o mesmo depois disso. Eu queria isso pra minha vida. Lutar contra a injustiça, contra os poderosos, contra tudo o que fosse necessário para seguir vivendo de acordo com o que era honrado.

Porém, com apenas 3 anos de judiciário eu já tinha entendido que eu não iria conseguir nenhuma justiça lá. Me desiludi com o sistema e com o direito. Larguei o curso de direito e fui fazer filosofia. Larguei o TSE, um cargo de direção que me garantia quase 6 vezes o meu salário do meu cargo efetivo, fiquei endividado por uns 5 anos, mas dormia com a cabeça tranquila toda noite.
Passei vários anos estudando muito, e percebi que eu tinha que voltar pro campo de luta. Voltei e concluí meu curso de direito, voltei e entrei em várias batalhas.

Esse meu testemunho é pra dizer que é importante que as pessoas acreditem que podem fazer a diferença. É importante que as pessoas tentem fazer a diferença. É importante que se fomente isso. Que se dê o exemplo. 

Pois senão a cada dia existirão menos pessoas boas na sociedade. E a batalha estará perdida.

Por favor, reflitam sobre isso.

Não é bom desestimular as pessoas a tentar fazer diferente. A deixar de tentar. De se sacrificar.

Assim como Tom Cruise me estimulou a dedicar minha vida a lutar pela justiça, tento fazer isso com os outros. 

Acho que vocês todos tem tudo pra ser pessoas que, também, consigam estimular o que tem de melhor nas demais pessoas.

Com Rock Balboa aprendi que na vida, o importante não é bater mais forte. É, não importa o quanto apanhemos, aguentar as porradas e seguir em frente. 

Ganha não quem sabe bater, mas quem aguenta apanhar.

Não desistam. Nunca!

(Esse texto é uma adaptação de uma carta que enviei uma vez a uma pessoa que se tornou um amigo e uma grande fonte de inspiração)

* Edson José Travassos Vidigal é candidato a deputado estadual nestas eleições pelo PTC, número 36222. É advogado membro da Comissão de Assuntos Legislativos da OAB-DF, professor universitário de Direito e Filosofia, músico e escritor. Especialista em Direito Eleitoral e Filosofia Política, foi servidor concursado do TSE por 19 anos. Assina a coluna A CIDADE NÃO PARA, publicada no JORNAL PEQUENO todas as segundas-feiras.

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terça-feira, 22 de julho de 2014

Diego Emir: Assim você não se elege!

Diego Emir: Assim você não se elege!: A frase que mais tenho ouvido nos últimos meses é essa: "Assim você não se elege". Isto porque sou completamente intransigente e...

segunda-feira, 21 de julho de 2014

ASSIM VOCÊ NÃO SE ELEGE!

Por Edson Vidigal*

A frase que mais tenho ouvido nos últimos meses é essa: "Assim você não se elege". 

Isto porque sou completamente intransigente em relação aos fins e aos meios pelos quais conduzo minha vida, minha atuação social e política e, agora, minha candidatura ao cargo de deputado estadual na Assembléia Legislativa do Maranhão.

Não comungo e nunca comunguei com a máxima, erroneamente atribuída a Maquiavel, de que "os fins justificam os meios". Muito pelo contrário, sempre a combati. Acredito que cada porta leva a um cômodo diferente. De cada escolha ecoam consequências diretas e coerentes com cada ação.

A filosofia dos "puderosos de plantão" é "tudo pelo poder, a qualquer custo". 

E dela advêm frases célebres, que cumprindo os vaticínios de Rui Barbosa, fazem os honestos se envergonharem de seu caráter. 

Coisas como "primeiro preciso chegar ao poder, para depois poder ajudar a população"; "primeiro precisamos inchar o bolo, para depois podermos reparti-lo"; "sem espremer limões não se fazem limonadas"; ou até "na vida, é preciso passar por cima de todo mundo, nem que para isso seja preciso passar por cima de todo mundo"...

Me desculpem os políticos tradicionalistas que talvez até acreditem nisso, mas para mim isso tudo não passa de muita hipocrisia, muita demagogia, muita falta de vergonha na cara.

Se, de fato, pretende-se mudar algo, não é fazendo o que se pretende combater que alguém alcançará algum êxito.

Não é mentindo para alguém que se convencerá esta pessoa a deixar de mentir. Não é roubando que se conseguirá acabar com os roubos. Não é jogando lixo nas ruas que se conseguirá que todos mantenham a cidade limpa. Em suma, é só pelo exemplo que se consegue mudar algo.

Quem muito fala e nada faz não passa de um hipócrita. Quem condena o outro e age igual não passa de um hipócrita. Quem condiciona algum trabalho a estar ocupando algum cargo público não passa de um hipócrita.

Quem de fato tem algo a contribuir, contribui, independente de ocupar ou não ocupar cargos ou funções públicas. Como cidadão mesmo. 

Quem de fato está imbuído de boas intenções, comprometido com algum projeto, fala não com palavras, mas com ações.

Dedico e sempre dediquei minha vida a tentar encontrar e resolver os problemas que levam aos abusos de poder político e econômico, que para mim se constituem nos verdadeiros problemas sociais, raízes de todos os demais. E muitos dos problemas que encontrei dizem respeito justamente ao processo eleitoral, quando são reforçados todos os laços que amarram representantes eleitos e interesses pessoais de todo tipo de parasitas sociais.

Não faz sentido eu me candidatar, me oferecer como opção para que eu possa representar uma parcela da população no parlamento estadual, se, tendo consciência dos problemas que precisam ser combatidos, ao invés de combate-los, me associar a eles.

Se eu digo que não comprarei nenhum voto, me dizem que assim eu não serei eleito. Se eu digo que não pagarei nem oferecerei nenhuma vantagem pessoal a nenhum líder comunitário, me dizem que assim eu não serei eleito. Se eu digo que eu não aceito dinheiro de nenhuma empresa, me dizem que assim eu não serei eleito. Se eu digo que eu não quero voto aliciado, fruto de currais eleitorais, que eu não quero votos ignorantes, mas apenas votos conscientes, me dizem que eu sou arrogante e prepotente, e que assim eu não serei eleito.

Pois bem, arrogância e prepotência é achar e pregar que nossa população não tem condições de votar consciente. Arrogância e prepotência é achar que nossos concidadãos são ignorantes e nunca serão capazes de entender a política e de votar com consciência. É achar que a política sempre vai ser esse promíscuo e nojento troca-troca de favores pessoais. Isso é que é arrogância e prepotência. Além de ser, também, hipocrisia, demagogia e a mais rasteira ignorância.

Digo, repito e repetirei quantas vezes forem necessárias: Não quero voto ignorante. Só quero votos conscientes. E quem achar que isso é arrogância, que vote em alguém que queira votos ignorantes. Que queira se eleger a qualquer custo. Que deseje e sonhe com o poder, não importando o preço que se tenha que pagar por ele.

Eu (quem me conhece sabe bem isso) estou pouco me lixando para o poder, para os puderosos e para todos os papagaios de pirata que orbitam como moscas as suas pobres cabecinhas pequenas.

Meu objetivo é agregar pessoas de bem para que elas preencham os espaços que lhe pertencem em nossa política. Meu objetivo é tentar ajudar a levar empoderamento aos cidadãos que foram excluídos de nossa sociedade, que foram jogados à margem das decisões políticas, da distribuição dos benefícios de um Estado democrático.

Meu objetivo é tentar agregar as pessoas, para que juntas, sejam muitas, e possam impor o seu respeito àqueles que abusam do poder político, que não é seu, mas sim de todos nós. 

Meu objetivo é tentar mostrar como o conhecimento e o esclarecimento são ferramentas democráticas imprescindíveis ao exercício da cidadania e às efetivas garantias dos direitos constitucionais de todos os cidadãos.

Tenho lutado e trabalhado muito para alcançar meus objetivos, independente de estar ou não ocupando cargos ou funções públicas. 

E, independente de ser ou não eleito, com certeza continuarei lutando por meus objetivos.

Não quero ser eleito para ser mais um. Amarrado, amordaçado, representante não de cidadãos, mas de interesses de grupos econômicos e de oligarquias políticas.

Quero ser eleito sim, para representar pessoas de bem, conscientes e que acreditem nas minhas palavras e ações, nas minhas propostas, nos meus objetivos e nas qualidades que eu possa ter para efetiva-los.

Se houver pessoas assim o suficiente para me eleger, então serei representante delas no parlamento. Se não houver, paciência, continuaremos lutando, engajando cada vez mais pessoas de bem em nossa luta. Para que nas próximas eleições não seja apenas eu do grupo me oferecendo como candidato, mas existam muitos outros cidadãos de bem dispostos a darem sua contribuição política, ocupando os espaços, impedindo que os puderosos de plantão se perpetuem no poder. Garantindo que nós, nossos filhos e netos, possamos crescer todos em uma sociedade mais digna, mais consciente, mais engajada e, principalmente, mais coerente com os fins a que se pretende alcançar.


* Edson José Travassos Vidigal é candidato a deputado estadual nestas eleições pelo PTC, número 36222. É advogado membro da Comissão de Assuntos Legislativos da OAB-DF, professor universitário de Direito e Filosofia, músico e escritor. Especialista em Direito Eleitoral e Filosofia Política, foi servidor concursado do TSE por 19 anos. Assina a coluna A CIDADE NÃO PARA, publicada no JORNAL PEQUENO todas as segundas-feiras.

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quarta-feira, 9 de julho de 2014

O que aprendemos do 7 a 1 de Brasil x Alemanha





Desde o final desse jogo, muito tem se discutido acerca dos motivos pelos quais o Brasil tomou essa goleada. E muito tem se atacado o governo do PT, os jogadores da seleção, o técnico Felipão, a cultura brasileira do jeitinho, os programas sociais do governo do PT, a forma marrenta e malandra com a qual tanto os jogadores brasileiros quanto boa parte de nossa população age no dia a dia, furando filas, corrompendo e sendo corrompidos, reclamando de tudo e não fazendo nada para mudar, pedindo sempre, e não dando quase nunca algo em troca, a falta de vontade de lutar para conquistar o que se almeja na vida etc.

E muitos têm concordado com tais alegações, e muitos outros tem atacado tais posicionamentos.

A partir de toda essa polêmica que foi gerada, penso eu que, acima de tudo, ganhamos o jogo. Ganhamos o jogo por vários motivos, dentre os quais gostaria de elencar alguns:

1- Os jogadores, mesmo sob forte pressão moral, abalados emocionalmente e enfraquecidos fisicamente e espiritualmente, depois de praticamente levarem 3 gols de uma só vez, não apelaram para a violência ou para qualquer outro artifício desleal ou apelativo. Mantiveram-se firmes, o mais firmes que puderam, dentro do espírito esportivo. Não desistiram. Tentaram e continuaram tentando. Mesmo sabendo que era quase certo que ainda iriam levar muitos outros gols, pois o time alemão estava muito bem preparado, engajado, enfim, era uma equipe coesa e forjada a partir de anos de preparação, e o Brasil, sem dois de seus principais jogadores, era um time ainda novo, que não estava preparado para esse desafio.

2- A torcida, mesmo abalada, e debaixo de uma goleada, ainda incentivou por muito tempo os jogadores brasileiros, dando exemplo de espírito de equipe, de sentimento de nação, de pertencimento. 

3- Após o intervalo, os jogadores vieram decididos a se empenhar muito mais, como deveriam ter feito desde o início da copa. Ou seja, abaixaram a cabeça, entenderam o sentido e a necessidade da humildade e da luta para a conquista.

4- Mesmo após perderem feio, mantiveram a postura, o espírito esportivo. O seu líder maior, Felipão, os uniu, conversou com todos, assumiu a responsabilidade por todos os erros e os consolou como pode. Da mesma forma, os jogadores, dando exemplo de esportividade, de espírito de equipe e de espírito cívico, se pronunciaram ao povo brasileiro de forma digna, sem buscar culpados, sem se eximir de culpa, mostrando que haviam aprendido uma dura lição, uma lição que ainda estavam digerindo, mas que aceitaram dar valor, ao invés de negar e fingir que não era com eles.

5- Quando sempre ganhamos, parece que tudo vai bem, e aos poucos vamos nos perdendo de nossas origens, de nossos objetivos, de nossa luta. Do que somos. Quando sempre ganhamos, esquecemos que o objetivo não é ganhar, mas jogar. Jogar sempre. Estar sempre na luta por sermos cada dia melhores. Por nos superarmos a cada queda, a cada arranhão, a cada derrota. É dos erros que crescemos. Não dos acertos. O que acertamos é o que já sabemos. O que erramos nos leva a aprender algo novo. A crescer. A evoluir e a seguir sempre em frente. Essa partida serviu para nos lembrar, a todos, que precisamos nos arriscar a perder, a errar, mas, sempre, precisamos perceber nossos erros, buscar entendê-los, para que sejam superados, com força, dedicação e muito suor.

6- O sentimento de frustração pela derrota da seleção levou milhões de pessoas em nosso país a debaterem política, a discutirem política, a entenderem que uma seleção de atletas que se diz ser brasileira, que pretende representar nossa nação, tem, sim, responsabilidade política, e, sim, faz parte das discussões políticas. E espelha nosso governo, nosso povo, nossos problemas, nossas necessidades, nossas expectativas, nossos sonhos. Entender isso é muito salutar. A paixão brasileira que é o futebol deveria ser utilizada por nossos políticos para agregar. Para disseminar cultura, educação. Para fomentar bons exemplos. Exemplos de luta, de dedicação, de esforço, de suor do trabalho para conquistar os objetivos. Mas infelizmente a paixão brasileira pelo futebol é utilizada por nossos políticos para a alienação cultural, política, social. Para disseminar exemplos de vadiagem, de promiscuidades, mostrando orgias de jogadores, malandragens, picaretagens, jogadores que dizem com a maior cara de pau que não precisam treinar porque já nasceram prontos. Péssimos exemplos para nossas crianças, que são sempre o nosso futuro. O sentimento de frustração que o 7 a 1 pra Alemanha nos causou é muito salutar para todos os jogadores da seleção, para todos os demais jogadores e atletas brasileiros, e para toda nossa nação. Para que possamos repensar nossos valores, e entender que, melhor do que aprender macetes, é aprender o ofício da forma correta. Melhor que furar filas, é respeitar os demais que já estão esperando, para que, quando chegue a sua vez, você também seja respeitado.

7- Este jogo se transformará, para sempre, em um mito, uma alegoria a servir de exemplo a muitas reflexões. Uma tragédia grega que lembrará a todos os brasileiros, amantes do futebol, que nunca nascemos prontos. Que ninguém nunca está totalmente pronto pra nada. Que o caminho mais fácil leva à derrota. Que precisamos nos libertar dessa cultura do jeitinho, da marra, da arrogância, da malandragem. Que precisamos respeitar aqueles que lutam para conquistar seus objetivos. Que precisamos nos espelhar nesse tipo de gente. A seleção Alemã nos deu uma grande lição, não só de como se joga futebol, de como se arma uma equipe, de como se adquire condicionamento físico e técnica apurada, mas uma lição de vida: Que é do esforço, da seriedade, do comprometimento, da organização e, principalmente do trabalho de EQUIPE, que se extrai resultados nos jogos e na vida.

8- O governo federal vem se esforçando por meio de todos os veículos de comunicação possíveis, com mil pesquisas científicas e blá bla blás, em convencer os brasileiros de que a euforia da copa do mundo não contamina as eleições. Esse jogo vai mostrar a todos que é claro que contamina. Tudo contamina as eleições. As eleições refletem um estado emocional, psíquico, dos eleitores no momento do voto. Muitos se deixam levar pelas emoções, sem perceber que deste momento singelo vai depender durante, no minímo, os próximos quatro anos. Também podemos aprender com a seleção da Alemanha a, no momento do voto, em outrubro, não sermos imediatistas, abandonarmos os jeitinho, os falsos deuses, a malandragem, e termos humildade para parar, pensar, refletir, buscar entender que nunca estamos prontos o suficiente, e por isso precisamos estudar, ler, buscar o máximo de informações e nos capacitar para exercer o maior de todos os papéis que exercemos em nossa sociedade: o de cidadãos brasileiros conscientes. Só assim ganharemos esse jogo chamado Política Brasileira. Só assim sairemos vencedores dessa Copa do Mundo.

*Edson Travassos Vidigal é advogado membro da Comissão de Assuntos Legislativos da OAB-DF, professor universitário de Direito e Filosofia, músico e escritor. Especialista em Direito Eleitoral e Filosofia Política, foi servidor concursado do TSE por 19 anos. Assina a coluna A CIDADE NÃO PARA, publicada no JORNAL PEQUENO todas as segundas-feiras.

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segunda-feira, 7 de julho de 2014