quarta-feira, 5 de março de 2014

A TRISTE HISTÓRIA DO MARANHÃO, QUE SEGUE ADIANTE…



Alguns exemplos históricos de como o Maranhão foi construído:

- Ainda no final do século XVI, o português Pero de Coelho arregimentou cerca de 800 índios no Ceará, na condição de escravos, para conquistar o Maranhão. O confronto custou a vida do padre Francisco Pinto, que acompanhava a expedição de conquista.

- Expedição do governo contra os índios Caycai da região de Itapecuru e Mearim;

- Em 1616, Bento Maciel Parente declarou guerra aos Guajajaras. 30 índios tupinambás são assassinados em sua aldeia em Tapuytapera (Alcântara) como exemplo para que outros índios não se rebelassem.

- Em 1618: repressão contra a resistência dos Tupinambás de Alcântara e Cumã, que resultou no assassinato de aproximadamente 30 mil índios. O morticídio foi comandado por Bento Maciel Parente, futuro governador do Estado do Maranhão.

- Em 1620: Barabados, Guanaué e Araioses são trucidados.

- Em 1649: repressão contra os Uruati.

-Em 1671: os Tremembés da região de Tutóia são reprimidos. Seu líder foi trazido para São Luís e despedaçado na boca de um canhão.

- Em 1693: expedição do governo contra os índios Caycai e Guanaué. 

- Em 1721: massacre aos Barbados e Caycazes, habitantes de São José do Mearim.

- Em 1787: os Gamelas de Bacabal foram transferidos para a baixada ocidental, o que trouxe consequências desastrosas para a sua população.

- Em 1808: índios Gavião de Grajaú são presos, ferrados e mandados para Belém como escravos.

- Em 1815: os portugueses usam armas bacteriológicas contra os índios Canela Fina que, ao receberem roupas e brindes dos colonizadores, foram acometidos de variola.

Enfim, é como diz o triste depoimento de LISBOA (1976): 

"Eis porque as primeiras páginas da História do Brasil são alastradas de sangue, mas de sangue inocente vilmente derramado. O único motivo de quase todos os fatos que aqui se praticaram durante três séculos foi a cobiça infrene e insaciável".

e vamos em frente.

pois pois…

*Edson Travassos Vidigal é advogado membro da Comissão de Assuntos Legislativos da OAB-DF, professor universitário de Direito e Filosofia, músico e escritor. Especialista em Direito Eleitoral e Filosofia Política, foi servidor concursado do TSE por 19 anos. Assina a coluna A CIDADE NÃO PARA, publicada no JORNAL PEQUENO todas as segundas-feiras.

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