Por Edson Travassos Vidigal*
Abençoada é a morte, que nos faz parte de nosso tempo. Que nos gruda a um mundo que nunca mais existirá. Um mundo que nos fez o que somos. Um mundo cheio de um mundo nosso.
Abençoada é a morte, que nos faz parte de nosso tempo. Que nos gruda a um mundo que nunca mais existirá. Um mundo que nos fez o que somos. Um mundo cheio de um mundo nosso.
O de camisas de botões, bermudas e calças de sarja, cintos e sapatos com meias sociais escuras, cheio de bocas caladas, sufocadas, amordaçadas, cheio de subterfúgios e criatividade para sobreviver, cheio de lutas veladas e recados pelos muros, cheio de engolir à seco ou arriscar sumir, pertenceu a nossos pais.
O de camisetas brancas, cheias de frases de efeito e de indignação já manifesta (apesar da censura), pertenceu a outra juventude inquieta, que já sem freios na língua, existia, falava, gritava, cantava e ainda se rebelava. Um mundo sem Big Brothers e sem Pedro Bial. Um mundo onde Renato Russo e Cazuza diziam mais que o Faustão.
(Ô louco!)
Facebook: edson.vidigal.36
(Ô louco!)
* Edson Travassos Vidigal é advogado, professor universitário de Direito e Filosofia, músico e escritor. Assina a coluna A CIDADE NÃO PARA, publicada no JORNAL PEQUENO todas as segundas-feiras.
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Blog: edsontravassosvidigal.blogspot.com.br
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